terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dança Circular com Marta Martins na EDM Praia do Forte





No dia 17 de novembro de 2010, a escritora e editora Marta Martins foi recebida na Escola Desdobrada Municipal Praia do Forte. As crianças de 3º e 4º ano haviam anteriormente realizado diversas atividades, a partir da leitura da obra Brincar de Verdade, em um envolvente trabalho interdisciplinar organizado pelas professoras Euclídia, Fernanda e Sabrina. A obra poética faz um resgate das brincadeiras infantis que têm um papel importantíssimo na formação dos sujetos, desenvolvendo coordenação motora, criatividade, sociabilidade, e estão sendo esquecidas nos dias de hoje. A professora Euclídia valeu-se de muitos recursos para favorecer, a partir da obra lida, a construção de uma mémoria cultural com seus(suas) pupilos(as). Ela promoveu uma releitura dos poemas, tendo como intertexto uma tela de Maroubo. O resultado foram textos verbais e não verbais expostos em maquetes, desenhos, como forma de representação dos significados atribuídos pelas crianças às brincadeiras. Euclídia e Sabrina foram além, reuniram o caráter sensibilizador não somente da arte plástica e da literatura, mas também, destas com a música e da dança circular. Marta ficou encantada com a coreografia e energia emanada ao dançar de mãos dadas com as crianças em círculo, no pátio da unidade educativa. A professora Fernanda, de Educação Física, motivou-se pelo trabalho e pela obra, promovendo momentos de "aprendizagens" a partir dos poemas-brincadeiras do Brincar de Verdade, como consciência do corpo e intereção entre as crianças e, especialmente a produção de textos instrutivos. Isto mesmo, as crianças foram motivadas a produzirem textos em que orientavam sobre como brincar cada brincadeira passo a passo. Parabéns a essa equipe que desenvolveu um trabalho interdisciplinar de qualidade. Agradecimentos à Marta Martins pela sua generosa participação e por nos agraciar com uma obra que oferece um leque de possibilidades para a construção da história de leitura de todas as pessoas envolvidas.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Adão Karaí Antunes fala sobre cultura indígena na EBM Osmar Cunha



No dia 05 de novembro de 2010, a Escola Básica Osmar Cunha recebeu o escritor Adão Karaí Tataendy Antunes, na sala de artes da unidade. Crianças, adolescentes e jovens das turmas 42, 45, 61, 72, 73, 74 e 81 a 84 estavam ansiosos para intrevistarem o índio guarani, autor do livro Palavras de Xeramõi. Eles(as) não só haviam lido a obra como também realizaram discuções, promovidas pelos(as) seus(suas) professores(as), sobre diferenças culturais, a partir dessa leitura. Uma das muitas perguntas que fizeram foi por que ele resolveu escrever esse livro? Índio, nascido no município de Quilombo, em Santa Catarina, Adão explicou que sua motivação veio da necessidade de ter um material para alfabetizar, em língua portuguesa, seus(suas) alunos(as) guaranis. Então, fez uma longa pesquisa com pessoas mais velhas da tribo e relembrou histórias contadas por seu avô (xeramõi) , fazendo o registro delas por escrito. A editora Cuca Fresca teve acesso ao material e promoveu a publicação dele. A maioria das perguntas remeteram às diferenças culturais, como em: "_Vocês elegem o pajé ou têm algum ritual para eleger o chefe ou guerreiro?" "_ Por que as meninas só podem namorar depois de menstruar pela 2ª ou 3ª vez, e os meninos depois de aprender a andar na floresta, fazer armadilhas e caçar?" "_Vocês ainda enterram seus mortos no meio da oca?" Adão, que leciona na Escola Indígena Itaty, no bairro Morro dos Cavalos, em Palhoça, não deixou nenhuma questão sem resposta. Ele explicou, por exemplo, que um índio se torna pajé por opção e vai sendo preparado desde quando a faz. O professor também falou que as meninas recebem uma alimentação especial, quando estão menstruadas e que exalam um cheiro diferente durante tal período. A lenda diz que elas podem se transformar em outro animal, caso namorem antes do tempo. Já o menino precisa primeiro aprender a sobreviver sozinho, antes de namorar, para que tenha condições de cuidar de uma família. Muitas outras perguntas, tão interessantes quanto essas, fizeram desse encontro um momento especial e riquíssimo em relação ao conhecimento sobre a cultura indígena. Mais que isto, a grande aprendizagem do dia foi a de conhecer o ponto de vista do "outro" e perceber que é preciso respeitar as culturas diferentes daquela da qual fazemos parte; reconhecer que as diferenças representam tão somente diferenças. Elas não tornam as culturas melhores nem piores, nem mais nem menos importantes umas das outras. O que em geral acontece é que "Narciso acha feio o que não é espelho", como disse Caetano Veloso, no poema Sampa. Agradecemos a Karai Tataendy, nome indígena do escritor, por ter-nos dado a honra de sua presença e pelos importantes esclarecimentos. PARABÉNS a todas as pessoas que se envolveram com a obra e participaram deste encontro, em especial, à bibliotecária Lidyani, pela articulação com os(as) professoras e o escritor.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A iIustre presença do poeta ALCIDES BUSS na EBM Osmar Cunha


O ilustre poeta catarinense Alcides Buss marcou presença na Escola Básica Municipal Osmar Cunha, no dia 04 de novembro de 2010. Figura emblemática da Literatura Catarinense, é um dos grandes incentivadores da popularização da cultura e da democratização do acesso à leitura de literatura, com destaque ainda maior para a poesia. Sua visita à unidade educativa foi recebida com respeito e admiração. Adolescentes da 6ª e 7ª séries, turmas 61, 63 e 73, acompanhados de suas professoras Heloísa, Roseli e Samara, acomodaram-se na sala de leitura da Biblioteca da escola, para ler poemas do livro "A poesia do ABC" e, principalmente para uma entrevista com o poeta. Logo de início, um aluno perguntou a ele o que o levou a ser um escritor. Alcides contou-lhes que despertou para a leitura de literatura por volta dos 17 anos, quando foi provocado por um amigo. Dizia este ao então "ex-pretendente" a goleiro: _ "Deixe de ser preguiçoso. Você está aí sem fazer nada, então pegue um livro para ler". E assim ele fez. A partir de então não parou mais de ler e logo passou a gostar de escrever. Uma aluna perguntou ao poeta, professor universitário e ex-diretor da Editora da UFSC, qual foi a sua primeira obra editada. Alcides contou sobre a criação do seu "Círculo Quadrado", do por que escolheu esse título e qual a ideia desse paradoxo. O poeta, professor e criador do varal literário falou muitas outras coisas importantes, como o papel da leitura na construção da identidade do sujeito, e ainda, deu conselhos para quem quer ser escritor. Aliás, ele nos explicou a diferença entre um poeta e um escritor. Escritor, disse ele, pode ser uma pessoa que escreve textos de vários gêneros, tais como notícia e artigos acadêmicos. Já um poeta é aquele que lê a poesia do "mundo" e a representa em forma de versos, de poemas. Agradecemos a esse importante semeador da cultura, por nos ter propiciado esta experiência inesquecível, agradável e muito significativa, daquelas nas quais "mergulhamos" e não queremos que acabem. PARABÉNS à bibliotecária Lidyani, pela mediação e articulação desse encontro, às professoras e aos(às) adolescentes que dele participaram.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

YEDDA GOULART é entrevistada na EBIAS




















Com uma grande satisfação, o Projeto Clube da Leitura: a gente catarinense em foco pôde contar com mais uma participação da escritora Yedda Goulart. Desta vez, a premiada foi a Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva, no dia 28 de outubro de 2010. A professora Ana Kelly trabalhou a obra "Aventuras na Ilha da Magia" com seus alunos de 5ª série, de forma interdisciplinar com as professoras de Inglês, Adriana, de Educação Física, Carin, do 3º ano, Roseane, e a articuladora do Projeto XO, Roberta. Os detalhes desse encontro foram publicados por Ana Kelly no blog construído junto com os(as) alunos(as), com a orientação da Roberta, que também é multiplicadora do Núcleo de Tecnologia Municipal. O endereço desse blog é: http://agentevareia.blogspot.com/ . Parabéns às professoras pelo trabalho envolvente e inovador.


Agradecimentos à escritora pela generosidade e pela valiosa contribuição ao projeto.