A renomada escritora catarinense Maria de Lourdes Krieger Locks passou por uma verdadeira sabatina na Escola Básica Municipal Mâncio Costa, no dia 27 de setembro de 2012.
Os estudantes do 5º e 6º anos haviam
lido a obra Um amigo Muito Especial
e, a partir desta, produziram o gênero histórias em quadrinhos. Tudo isso incentivados
e orientados pelas professoras Eliane e Gláucia e a bibliotecária Sueli.
O envolvimento desses jovens
leitores com a obra e com as atividades propostas estava estampado em suas
demonstrações de interesse pela autora e no orgulho pelas produções.
Quando a professora Maria de
Lourdes entrou na biblioteca da unidade educativa, os alunos da professora
Gláucia já estavam aguardando a visita.
Assim que os viu, a escritora demonstrou estar muito à vontade entre eles e logo
iniciou a interação. Eles, por sua vez, prestavam atenção a tudo que ela falava, admirados.
Logo chegaram os alunos da
professora Eliane e foram se acomodando no tapete estendido no chão da biblioteca.
Estava tudo preparado para dar um clima de informalidade e descontração. Uma
estratégia das articuladoras para aproximarem o público leitor da autora.
Todos acomodados, deu-se início à
sabatina. A cada questão, mais e mais ficava evidente o envolvimento daqueles
jovens com a narrativa. Eles conheciam cada cena, cada personagem, tinham
curiosidades sobre a trama e os episódios obscuros do momento histórico
retratado na obra.
Foram tantas as perguntas que a conversa caminhou naturalmente, enquanto o tempo passava, mas não nos dávamos conta disso. Não era para menos, pois queriam saber tudo sobre a escritora e sua obra, coisas como:
“_Este livro pode ter
continuidade, tipo o volume 2?”
“_ Quanto tempo levou para
escrever este livro e quantos anos a senhora tinha quando o escreveu?”
“_ A senhora viveu alguma coisa
de seu livro? Sua infância foi marcada por algum fato narrado no livro?”
“_ Por que um elefante?”
“_ O que aconteceu com o pai de
Lauro na história?”
“_ Que escritor ou escritora
tiveram influência na sua vida de escritora?”
“_ Para onde foi o elefante?”
“_ Quem eram aqueles homens de
terno preto no capítulo “O Pai”? Para onde eles foram?”
“_ Ao todo, quantos livros a
senhora escreveu?”
“_ Quem era o seu amigo muito
especial? Já teve um imaginário?”
“_ Quanto tempo levou para
escrever este livro?”
“_ Por que não podiam ficar na
rua até às 7 horas?”
Bom, dá até para perder o fôlego,
mas não foi isso que aconteceu com Maria de Lourdes. Ela respondeu a todas
essas e outras questões esclarecendo as dúvidas e elucidando as curiosidades do
seu público daquele momento.
Revelou que seu irmão liderou uma
greve em que os operários estavam seis meses sem salário e precisou fugir do
Brasil. Por isso, em 1968, um policial esteve na casa de seus pais à procura do
irmão. Esse fato inspirou o capítulo "O Pai". A bibliotecária Sueli deu seu depoimento sobre a ditadura, para elucidar situações que os estudantes não estavam entendendo.
A convidada expôs que o livro que mais a emocionou foi Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez. Entre os escritores que a influenciaram, ela citou Érico Veríssimo, em especial, o livro Música ao longe, e Clarice Lispector.
A convidada expôs que o livro que mais a emocionou foi Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez. Entre os escritores que a influenciaram, ela citou Érico Veríssimo, em especial, o livro Música ao longe, e Clarice Lispector.
Explicou que escolheu o elefante,
porque queria um animal que desse trabalho, que levou cinco anos para o livro
ser publicado. Contou que, desde os nove anos, gostava de escrever, que
inventava coisas malucas e gostava de se imaginar dentro da História, quando
estudava. Foi professora por 33 anos e tem 17 livros publicados para crianças e
jovens e mais alguns para professores. Também revelou que a última história que
escreveu é sobre o lobo que não era mau e a entregou para uma editora.
Oba! vamos torcer para que ela seja publicada logo.
É claro que não vamos revelar
tudo aqui, as demais revelações da escritora vão permanecer sendo privilégio
dos que estavam presentes àquele encontro.
Ao final, a escritora deu conselhos e dicas para os jovens escreverem.
"_ Façam um diário. Escrevam as coisas que vocês quiserem, as que são de vocês, não para mãe e pai lerem. Inventem! Isso ajuda a desenvolver a inteligência", disse ela.
Depois deu autógrafos e recebeu dois trabalhos de presentes das alunas Vitória, Maria Eduarda, Ana Júlia, Jovana Rosa, Helien, Beatriz e Gabrielli
"_ Façam um diário. Escrevam as coisas que vocês quiserem, as que são de vocês, não para mãe e pai lerem. Inventem! Isso ajuda a desenvolver a inteligência", disse ela.
Depois deu autógrafos e recebeu dois trabalhos de presentes das alunas Vitória, Maria Eduarda, Ana Júlia, Jovana Rosa, Helien, Beatriz e Gabrielli
O Clube da Leitura agradece
imensamente a participação da escritora e professora Maria de Lourdes Krieger Locks.
Nossos PARABÉNS às articuladoras
do projeto na unidade, as professoras Eliane e Gláucia e a bibliotecária Sueli
pelo brilhante trabalho que desenvolveram com seus estudantes a partir de uma
das obras da escritora.
O entusiasmo, a satisfação e o orgulho daqueles jovens durante o encontro foi contagiante. Eles estavam felizes e orgulhosos, não porque tiraram uma nota alta, em uma prova sobre determinado conteúdo, mas porque o aprendizado que tiveram nesse trabalho vão levar para a vida: o do gosto pela leitura, a criatividade para criar imagens a partir da abstração de cenas da narrativa, o espírito de grupo, sentirem-se capazes...
O entusiasmo, a satisfação e o orgulho daqueles jovens durante o encontro foi contagiante. Eles estavam felizes e orgulhosos, não porque tiraram uma nota alta, em uma prova sobre determinado conteúdo, mas porque o aprendizado que tiveram nesse trabalho vão levar para a vida: o do gosto pela leitura, a criatividade para criar imagens a partir da abstração de cenas da narrativa, o espírito de grupo, sentirem-se capazes...
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